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TITO PARIS

17 novembro 2006, 21H30

TITO PARIS é considerado um dos grandes nomes da música Cabo-Verdiana. A voz rouca dos “blues”, a sua aproximação única à guitarra, composições e melodias transformaram-no ao longo dos anos em embaixador cultural de Cabo-Verde, divulgando a melancolia e alegria da música do seu país um pouco por todo o Mundo.

Tito nasceu em Cabo-Verde e tem vivido entre Lisboa e a sua terra natal durante os últimos 20 anos. Foi na capital Lusitana, onde chegou com 19 anos para tocar com Bana (uma das maiores referências da música de Cabo-Verde), que Tito cresceu enquanto músico.

O menino de São Vicente deu os primeiros passos, como profissional, aos 9 anos. Oriundo de uma família de músicos e cantores do Mindelo iniciou--se, primeiro, no violão acústico, seguindo-se-lhe, posteriormente, o baixo, a bateria e outros instrumentos, incluindo o tradicional cavaquinho Cabo-Verdiano, para depois se aventurar no campo da composição e interpretar as suas próprias canções.

“Nasci numa casa onde havia todos os instrumentos musicais. O meu pai era músico, tocava banjo e baixo. A minha avó cantava, o meu avô tocava violino e construía instrumentos musicais. Nasci no seio da música”.

É em 1985 que edita o seu primeiro álbum “Fidjo Maguado”. Um disco exclusivamente instrumental, do qual foi produtor, toca todos os instrumentos e põe em evidência o seu talento enquanto guitarrista.

“27/07/1990” – Antes de fazer o disco, o registo “bootleg” de um dos seus concertos ao vivo num clube de Lisboa, vendeu mais de 150.000 exemplares em vários países. Essa gravação, que havia sido registada em stereo e sem masterização, foi editada em 2001.

Forma o seu próprio grupo e grava “Dança ma mi criola”, em 1994. O tema que dá nome ao álbum é hoje, um dos mais emblemáticos na carreira do artista.

1996 foi tempo para “Graça de Tchega”, seguindo-se uma gravação ao vivo em 1998 -“Ao vivo no B.Leza”, que conta com a participação especial de Rui Veloso, expoente máximo da música Portuguesa.

Quando Cesária Évora grava o seu primeiro álbum, Tito Paris assume a produção. Escreveu para ela o tema “Regresso” (single do disco) e concebeu os arranjos onde interpreta diversos instrumentos.

“Guilhermina”, editado pela Universal Music em 2002, obteve criticas entusiásticas por parte do público e média internacional. Preservando a singularidade, o génio crioulo, a tradição e suas raízes, abranda ou acelera o ritmo, mistura influências angolanas ou do norte de Portugal, faz um desvio por Moçambique ou evoca o samba do Brasil. A nostalgia que caracteriza constantemente a música cabo-verdiana, bem como as coladeras ou o funáná, são propostas felizes e grandes tentações para dançar.

Durante o ano de 2006 será editado um disco gravado ao vivo em Lisboa, onde Tito Paris apresenta os seus temas mais emblemáticos, ao mesmo tempo que desenvolve em estúdio um disco de originais, que verá a sua edição durante o ano de 2007.

“Pretendo transmitir, através da minha música, todas as sensações positivas que me vão na alma. Gosto muito da fusão dos ritmos cabo-verdianos com outros estilos musicais, mas a essência da música do meu povo, está sempre presente em tudo o que faço”.

Organização AIPA - Associação dos Imigrantes nos Açores 

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