Sentei-me algures no meio de tudo e no meio de nada, olhei e observei que todos que por ali passavam estavam suspensos, neste mundo, por fios invisíveis vindos do infinito. Todos eles se mexiam e aparentavam variadas formas, uns gastos, outros luzidios, uns esticados, outros oscilantes, uns desgastados, outros quase desfeitos e rasgados, outros ainda, reparados... E num frenesim constante todos lutavam para os manter esticados e em equilíbrio. Foi então que reparei que cada fio representava uma vida, mudando consoante as acções e relações de cada um de nós, e que quando ele se quebra tudo se acaba, pelo menos nesta realidade que conhecemos.
Milagres Paz
Direcção Artística Milagres Paz
Coreografia Milagres Paz
Música Original Paulo Andrade
Cenografia e adereços Milagres Paz
Figurinos Milagres Paz
Textos Milagres Paz; Renata Correia Botelho
Assistente de figurinos e cenografia Manuela Pavão
Guarda-Roupa Manuela Pavão
Fotografia Luís Paz
Montagem das músicas e sonoplastia Raul Resendes
Desenho de Luzes Milagres Paz e Rui Viveiros
Som e Luzes Teatro Micaelense
Bailarinas Ballet Teatro Paz
Formação das bailarinas Escola de dança Paz
Com o apoio Governo Regional dos Açores