Amanhece. Um homem observa o porto. Assume o comando de um paquete que não chegou a entrar no cais. Começa uma viagem para dentro de si, percorrendo imaginariamente todos os comportamentos humanos e procurando “sentir tudo de todas as maneiras”. Nesta viagem - em que símbolos e sensações se confundem, soltando-se das amarras da razão – o poeta percorre o imaginário marítimo português. Sustenta na metáfora de fluxo e refluxo do movimento marinho a contradição violenta de um homem que tenta religar diferentes identidades. Transforma-se ele próprio no cais e no destino, dando corpo à viagem.
Direção cénica Natália Luiza
Cenografia Fernando Ribeiro
Música original João Gil
Desenho de luz Miguel Seabra
Vídeo realização Pedro Sena Nunes / edição João P. Duarte
Interpretação Diogo Infante e João Gil
Coprodução Teatro Nacional São João e São Luiz Teatro Municipal
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