O futuro é um lugar maçador, tendo em conta a matéria inspiradora do presente, e a abundância é um jogo de espelhos.
Não se trata de uma visão negativista ou desiludida do hoje, nem tão pouco do que o amanhã significa. Sente-se apenas que a abundância levita, hoje, sobre um campo minado de lugares-comuns. E move-se, em excesso, sem travões.
"Estaremos aborrecidos" com o futuro e, como as crianças que partem os seus brinquedos quando estão aborrecidas, também nós iremos começar a quebrar o futuro, até que já não haja reparação possível.
A abundância é um jogo de espelhos, assente no princípio da produção, e a abundância não nos espanta. O futuro talvez seja maçador, e ainda assim, abundante de possibilidades.
direção artística Daniela Cruz em cocriação com a equipa
interpretação André Melo, António Branco, Catarina Medeiros, Cecília Hudec, Giovana Sanchez, Luana San-Bento e Vanessa Canto
composição original e sonoplastia Nuno Preto em colaboração com Mónica Reis
vídeo e textos Nuno Preto
produção ANDA&FALA / 37.25 - Núcleo de Artes Performativas
Para este espetáculo a plateia é montada no palco.
A lotação é reduzida.
programação
Walk&Talk Bienal de Artes