Cyrano de Bergerac
​Cyrano não partilha dos ambientes psicológicos, simbolistas e realistas de Hedda Gabler, Menina Júlia ou de Ivanov, seus contemporâneos. Nem habita as ruas sombrias, românticas ou góticas que iluminaram o século de Edmond Rostand. Mas Cyrano tem um dos narizes mais famosos do mundo e, tal como o do Major Kovaliov de O Nariz de Gogol, ultrapassa largamente a dimensão meramente fÃsica. A protuberância grotesca que vive no meio da sua cara é o embaraço do seu amor por Roxanne. Será por meio das palavras que empresta a Cristian, o jovem e belo cadete por quem Roxanne se apaixona, que Cyrano declarará, em alexandrinos, a mais bela, trágica e intemporal declaração de amor.
Â
O espetáculo conta com a participação de uma figuração especial, constituÃda por pessoas que, sendo ou não atores, tendo mais ou menos experiência em palco, têm em comum o amor ao teatro. Para tal, entre 5 e 10 de Janeiro, será realizado um workshop com um grupo de trinta elementos, masculinos e femininos, entre os 18 e os 60 anos, dirigido por Bruno Bravo (encenador do espetáculo) e Sérgio Delgado (músico).
Â
texto
Edmond Rostand
tradução
João Paulo Esteves da Silva
encenação
Bruno Bravo
música
Sérgio Delgado
elenco
António Mortágua
Carolina Salles
Eduardo Breda
José Leite
Miguel Sopas
Paulo Pinto
Ricardo Neves-Neves
Sofia Vitória
coprodução
Primeiros Sintomas / Teatro Maria Matos
