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Ballet Teatro Paz

20 outubro 2018, 21H30
Dança - M6

“Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.”

Antero de Quental

Interessada no património cultural dos Açores e após ler inúmeros documentos sobre a vida e obra de Antero de Quental, o poeta mais dramático da literatura açoriana, fiquei fascinada com o Homem e com o Poeta. As suas palavras transbordam emoções e contradições, luz e escuridão, vazio e estazo e a sua voz ecoa além-fronteiras e ultrapassa a imensidão do tempo e do espaço...

A sua vida e obra estão repletas de momentos que me atormentaram a alma e me deixaram o corpo com uma enorme ânsia de comunicar...

Os seus altos e baixos emocionais, as suas insónias e os seus algozes, os seus momentos existencialistas, a sua melancolia e, por outro lado, a sua euforia de viver, o seu dinamismo físico e metafísico fizeram dele o poeta que me fascinou, me fez chorar, pensar, meditar, revoltar e acima de tudo amar e ver a morte como uma nova existência.

Coreógrafa   
Milagres Paz

“ O pó cresce em mim... engrossa...alteia...
E, com pasmo, nas mãos vejo que tenho
Um espírito! O pó tornou-se ideia!

Antero de Quental

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