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Sara Tavares - Concertos Íntimos

17 April 2005, 21H30

Apesar de ser ainda muito jovem, Sara Tavares tem já atrás de si uma carreira que tem proporcionado um lugar de destaque no panorama musical português e não só. Portuguesa e cabo verdiana ao mesmo tempo, mas com o coração no mundo, Sara Tavares é hoje reconhecida como uma das melhores vozes contemporâneas.

Depois de, em 1994, ter ganho a primeira emissão do "Chuva de Estrelas", e de ter tido a melhor classificação de sempre no Festival RTP da Canção, em 1996, Sara Tavares gravou o seu primeiro disco intitulado "Sara Tavares & Shout" - um disco que retrata essencialmente as suas primeiras influências: a música gospel.

Com o seu primeiro disco editado, Sara Tavares fez espectáculos por todo o país, Cabo Verde e Paris, assim como também actuou nos mais importantes programas de televisão e acontecimentos sociais.

Em 1998, Sara Tavares começou a trabalhar no seu novo disco. Para isso decidiu parar com os espectáculos ao vivo, e mergulhou profundamente numa procura das suas verdadeiras raízes e influências. Como resultado dessa procura nasceu "Mi Ma Bô" - o seu segundo trabalho discográfico, e que traduzido do criolo significa "Eu e Tu". "Mi Ma Bô" é um disco intimista, onde a voz de Sara Tavares é o forte elo de ligação entre todas as emoções expressas nas suas palavras e melodias.

Neste disco, além da cantora e intérprete, Sara Tavares dá-nos a conhecer a compositora e co-produtora, o que nos deixa com uma imagem forte do seu crescimento, maturidade, talento e da longividade da sua carreira.

"Mi Ma Bô" foi produzido por Lokua Kanza, um músico do Kongo, mas residente em Paris, que trabalhou já com alguns nomes como Ray Lema, Manu Dibango, Papa Wemba, Miriam Makeba, Youssou N'Dour, etc... Junto com a co-produção de Sara Tavares, eles apresentam-nos como resultado final um disco muito especial, com côres africanas e um toque de "soul", que acaba mesmo por tocar a nossa alma.

Cantado em três linguas diferentes (português, criolo e inglês), "Mi Ma Bô" mostra-nos, de facto, como é universal a linguagem da música.

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