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Concerto de Reis

5 January 2008, 21H30

A Era da Ópera

No final do século XVIII uma profunda transformação do gosto do público participou, de formas diversas e em diferentes países, na evolução da ópera oitocentista.

Estamos perante um período em que as óperas reforçadas por belos coros e árias - peças musicais para uma só voz - se distinguiram pela sua beleza estética.

Na Itália a cena artística é dominada por Rossini e Bellini, neste concerto representada por umas das obras mais importantes deste último, a ópera Norma. O interesse de Bellini voltou-se sobretudo para os aspectos vocais do melodrama, sem contudo descurar o orquestral.

Giuseppe Verdi, por seu lado, desenvolveu uma linguagem musical revelando-se inteiramente capaz de recriar agitadíssimas e complexas situações dramáticas, aqui exemplificada por uma das suas obras-primas La Traviata.

A ópera alemã teve um perfeito desenvolvimento romântico com maior destaque para Richard Wagner, sobretudo no campo do teatro musical, cujas influências atingiram todo o mundo musical europeu do fim do século e início do século XX. Escutando o Coro Nupcial da ópera Lohengrin, interpretado por um coro, partilhamos uma das máximas expressões do romantismo alemão e ao mesmo tempo a síntese de toda uma época.

Num dos percursos do pós-romantismo viramo-nos para a expressividade da família Strauss. A obra que abre este concerto é uma valsa para orquestra, o belo Danúbio Azul. As valsas eram danças muito populares no século XIX. Encontra-se nesta composição tudo o que é essencial à arte de Strauss, em todas as suas vertentes mais ousadas, exemplo da exuberância austríaca.

Rui Massena

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