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Companhia Nacional de Bailado

31 May 2008, 21H30

Front Line

Com estreia mundial em Birmingham, pela British Dance Edition em 2002 (31 de Janeiro de 2002, British Dance Edition, Birmingham), Front Line é uma criação de Henri Oguike inspirada no Quarteto de Cordas nº 9, de Shostakovich, que será interpretado ao vivo pelo Quarteto Vianna da Motta. Para este bailado foram utilizados três dos cinco andamentos que compõem esta obra: Allegretto, Adágio e Allegro. Os estados de espírito alteram-se constantemente, os instrumentos soltam gritos agudos como animais e empreendem danças selvagens e ritmadas. Por todo o lado se faz sentir a ira seguida de indiferença. Oguike cria esta estupenda peça com pinceladas densas e leves. Enormes pés barulhentos alternam com breves salpicos de pulso: há súbitos e amplos abraços e vacilantes desmaios, saltos impetuosos e delicados arrepios.
Dancing Times Tal como a música, esta coreografia expressa emoção, sem cair no sentimentalismo. Há um sentido de luta e de um espírito vivo. Periódica e inesperadamente os bailarinos sucumbem em grupo, no chão. Abatidos na linha da frente? Derrotados pelas suas vicissitudes? Ou em termos de puro movimento, o completo desprendimento relativamente a anteriores situações frenéticas e de tensão.

Lynsey Winship


Lento Para Quarteto de Cordas

O registo Lírico da Langsamer Satz für Streichquartett (movimento lento para quarteto de cordas) de Anton Webern e as emoções que nos transmitiu, a mim e aos bailarinos Peggy Konic e Rui Alexandre conduziu-nos na totalidade do acto criativo. Viver fisicamente a música pode ser a mais sublime das emoções. Foi o que procuramos movendo-nos dentro do seu canto e das imagens que a Dança nos ofereceu.

Vasco Wellenkamp
 

Les Sylphides

Les Sylphides, bailado abstracto de um acto com coreografia de Fokine e música de Chopin, é talvez o mais frequente e amplamente dançado dos bailados do século XX, que chega aos nossos dias como um exemplo popular entre as criações de Fokine que contribuíram para o desenvolvimento da coreografia nos moldes contemporâneos. Uma obra onde dança e música se completam de maneira orquestral, marcando desta forma o nascimento duma das primeiras coreografias, se não a primeira, a que se pode dar o nome de “sinfónica”. O criador foi tão genial e a obra tão conseguida que mal o pano de boca cai sobre a última nota, o som e o movimento deste bailado ficam indissoluvelmente ligados na nossa imaginação, e na evocação dum poeta perseguindo as mais líricas imagens que a todo o momento se lhe escapam…

Pedro Risques Pereira 

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