Desde fevereiro de 2016 e até outubro de 2017, de dois em dois meses, o Teatro Micaelense, a Morada da Escrita/Casa Armando Côrtes-Rodrigues e o Instituto Cultural de Ponta Delgada propõem 10 leituras dramatizadas de peças de teatro de autores portugueses do século XX. As sessões realizam-se na última quarta-feira do mês, no Teatro Micaelense, com coordenação de Eleonora Marino Duarte e apresentação de Leonor Sampaio.
“Felizmente Há Luar”, de Luís de Sttau Monteiro é a obra selecionada para a leitura de 30 de novembro.
Dramaturgo, encenador, jornalista e romancista português (1926-1993), conhecido sobretudo pela peça “Felizmente Há Luar”(1961). A peça, em dois atos, narra o drama do general Gomes Freire de Andrade, perseguido por governantes que dominavam o povo pelo medo e pela ignorância, é distinguida com o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores e proibida de entrar em cena. Só depois da Revolução de Abril seria oficialmente representada em Portugal. Sttau Monteiro manteve-se combativo, continuou a escrever sobre a liberdade e a denunciar injustiças. A PIDE não deixou passar uma única peça e, em 1967, após a publicação de “A Estátua” e de “A Guerra Santa”, o escritor foi preso em Caxias, durante dois meses.